sexta-feira, 24 de agosto de 2007

AS TIC's NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE IRECÊ/Ba

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO

Identificação da Instituição onde foi realizada a observação:

Escola da Rede Municipal. ( Devido ao fato de não ter pedido autorização para publicar na net, preservo aqui o nome da escola).
A Escola observada pertence a Rede Municipal de Ensino, que atende um público alvo de aproximadamente 845 alunos, funcionando em três turnos, atendendo o ensino fundamental I, II e Educação de Jovens e Adultos.Está localizada em um bairro de classe média, porém, atende alunos de bairros periférico com grande desigualdade social e vítimas das mazelas cotidianas.Possue uma infra-estrutura razoável onde o ambiente físico precisa de algumas reparações para o melhor atendimento e desenvolvimento da aprendizagem do alunado. Com um número de aproximadamente 40 funcionários, distribuidos entre os três turnos, procuram fazer um trabalho participativo, para melhor atender o seu público.A referida escola funciona das 7:00 da manhã às 22:00.
A construção do Projeto Politíco Pedagógico da Escola foi construindo coletivamente após várias discussões com o corpo docente e discente da mesma.O professor, dentro de sua carga-horária tem um turno semanal para planejamento das atividades. Trabalham com projetos diversificados tanto de aprendizagem como de empreendimento com a participação efetiva de professores de Língua Portuguêsa. Os professores utilizam recursos tecnológicos, conforme planejamento semanal, dando assim, apoio aos conteúdos trabalhados. Nas turmas que observei aulas ( 5ª e 8ª séries), as professoras de Língua Portuguêsa usaram aparelhos tecnológicos( retro projetor,vídeo) trabalhando na primeira, o conteúdo: Tipologia Textual e na 8ª série, Concordância Nominal. Demonstraram segurança e domínio nos referidos conteúdos. Na escola também possue DVD, 3 Televisores 20 polegadas, máquina fotográfica.Percebi facilidade no uso desses equipamentos. O menos utilizado é o vídeo, segundo o depoimento da coordenação da escola.Percebi também um relacionamento afetivo intenso entre os profissionais onde considero de fundamental importância para o bom funcionamento de uma unidade de ensino. A relação professor-aluno, nas aulas observadas, pude perceber uma grande afinidade entre ambos e um valoroso respeito mútuo seguido de interatividade.
Ao fim de minha observação, sair alimentada na esperança que,se nossos educadores inovar cada dia suas metodologias e seus entusiamos preocupados com a aprendizagem de seus alunos, como observei nos profissionais desta escola, aos poucos construiremos uma educação de qualidade.
Por: Vilvani Maria Matos Smaneoto

segunda-feira, 11 de junho de 2007


A noite dos filhos ausentes
Jânio Ferreira Soares

Para quem mora no sertão do São Francisco, o mês de junho tem um jeito que é só seu. As catingueiras florescem, os dias ficam mais curtos, o pôr-do-sol não se cansa de provocar os insensíveis, e as noites ficam deliciosamente invernais e convidativas à preguiça, ao cafuné e a um bom copo de café acompanhado de um pedaço de canjica bem fresquinha servida lá pela hora da Ave Maria. Além disso, ainda tem um saudoso som de forró saindo dos rádios e das difusoras das praças, confirmando definitivamente que o mês dos santos festeiros chegou. Primeiro Antônio, depois João e, por fim, Pedro. (O trio pé-de-serra de qualquer festa no céu).Aqui em Glória, que antigamente trazia Santo Antônio no nome, a trezena em sua homenagem vai até o dia 13 de junho, sempre com muito sino tocando, foguete subindo e beatas rezando, além de um forró comendo no centro assim que o padre deseja que o Senhor esteja conosco e a gente responde que ele já está no meio de nós. A partir daí, até o próprio vigário tira a batina e cai na dança, sempre respeitando uma certa distância regulamentar da dama, é claro, que é para evitar as tentações de um certo anjo decaído que pode querer estimular a fama de casamenteiro do santo.Glória, para quem não é da região, foi a cidade que mais sofreu com uma das primeiras transposições do Rio São Francisco.É tanto que, se alguém comentar com seus moradores mais antigos sobre essa de agora, muitos darão de ombro, franzirão a testa e dirão: “Pior foi a outra”.A outra, a que eles se referem, aconteceu no início dos anos 70, quando a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) desviou as águas do rio para que fosse construída a Barragem de Moxotó e a Usina Apolônio Sales, o que ocasionou o desaparecimento definitivo da centenária cidade. Na ocasião, os glorienses viram toda a sua história e seus sonhos irem, literalmente, por água abaixo, sem sequer uma orientação sobre o que estava realmente acontecendo. Aliás, o que ocorreu por aqui foi de uma violência tão absurda e inexplicável, que até hoje a população não entende muito bem como o mesmo rio que carinhosamente lhe lambia as costas foi capaz de lhe tirar a vida.Na época, ainda não existia o Ibama, tampouco essa corajosa ministra Marina Silva, que acertadamente anda jogando duro para evitar novas agressões do tipo. Até sugiro a ela que use o exemplo de Glória como uma espécie de modelo a não ser seguido quando uma cidade tiver que desaparecer do mapa em nome do progre sso.Até hoje os seus moradores reclamam desse arremedo de cidade que construíram para substituir aquela cercada por serras e tamarineiros, que solenemente sombreavam as calçadas e os quintais dos velhos casarões. E no lugar das roças e sítios onde abundavam a fartura, eles hoje vivem à míngua, plantando sonhos e colhendo saudades. Não raro, eu os encontro meio ariados pelas ruas, como se a procura de vida.E é justamente nessa trezena que esse pessoal tem a chance de rever uma pequena parte do seu passado. Principalmente na Noite dos Filhos Ausentes, que é a data reservada àqueles que estão distantes.É como se alguém tivesse o poder de rebobinar a fita do tempo. Diante de mim, alguns daqueles velhos rostos que foram cúmplices da minha juventude, ainda firmes e felizes (por quê não?), como se dissessem: “Apesar de tudo, estamos aqui, dando vivas a Santo Antônio”. E a cada abraço, eu sinto de novo aqueles inesquecíveis cheiros que pareciam definitivamente perdidos no lado da memória que ainda é criança e que voltam a fluir como se nunca tivessem sumido. E eles reaparecem tanto na naftalina de uma camisa estampada, quanto num surrado xale preto, ou então no rastro de uma loção de barba, não importa.O importante é que, por alguns instantes, eles me lembram as gaiatices do meu tio Pedro, as deliciosas risadas de Santa e Maninha, ou ainda o característico rangido da rede do meu pai.Pena que alguns filhos queridos, como Mário Lima, Vitor Hugo, Edgar Campos e tantos outros, não puderam vir. Para eles, uma sugestão: antes de dormir, fechem bem os olhos e pensem no som de uma zabumba e no chiado dos foguetes espalhando seus pequenos fragmentos de luz pelo céu. E se, por acaso, a boca salivar, não se assustem. São apenas recordações de um tempo em que os tamarindos e umbuscajás pareciam eternos.

Jornal A Tarde 07/06/2007.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ecologia


ECOLOGIA -
Sacos plásticos, dá para viver sem eles.Envolverde *Adital - O pânico provocado pelo aquecimento global tem nos levado a soluções interessantes para preservar o meio ambiente. Em alguns casos, o investimento financeiro para diminuir a poluição é gigantesco e complexo. Exige dinheiro e também a alteração de métodos de produção consolidados e a utilização de matérias-primas menos poluentes em produtos imprescindíveis em nosso cotidiano. É o que ocorre com o plástico, um material que utiliza petróleo em sua produção e que, para piorar, demora para desaparecer do mapa. Algumas embalagens levam até 300 anos para se decompor.Redes de supermercados começam a cobrar pelo saquinho plástico utilizado pelos clientes. São Paulo já tem supermercados que cobram R$ 0,05 por cada sacolinha, um preço ainda simbólico. O que importa, porém, é o despertar da consciência de cada um para o problema, que atinge grande parte do mundo. Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram os saquinhos plásticos no cotidiano. Utilizam-se deles para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema.Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis. A situação poderia ser amenizada se houvesse maior preocupação com a reciclagem do nosso lixo doméstico. Em média, cada saquinho de supermercado que você joga no lixo pode demorar até um século para desaparecer completamente. Só para se ter uma idéia, o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos. E isso representa cerca de 10% do lixo do país.
Marcos [S.E.P.]
24 Mais o tal do plástico filme é produzido a partir do polietileno de baixa densidade, originado do petróleo, não biodegradável, e poluente também durante sua produção. Até por isso, tem bastante gente se mexendo para substituir o produto no mercado. Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana.O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto. Mas, veja bem, estamos falando de um produto que demora 60 dias para se decompor contra os 100 anos da concorrência. Dessa forma, acredito em uma solução para reduzir custos, já que os materiais produzidos a partir de aditivos ou matérias-primas de origem vegetal podem ser aplicados em sacos de lixo, talheres, pratos, copos, frascos, garrafas, tampas, cobertura para fraldas, luvas descartáveis e até canetas. Algumas empresas já trabalham a todo vapor em outras tecnologias menos nocivas ao meio ambiente.Há também quem decidiu cortar o mal pela raiz. Em San Francisco, nos EUA, os sacos plásticos serão banidos e substituídos por sacolas de papel reciclado e materiais feitos com goma de milho ou batata. É um bom exemplo para um país que despeja anualmente 100 bilhões de sacos plásticos no lixo. Em Bangladesh, já é proibido fabricar, comprar e, acredite, portar sacos plásticos. Quem desrespeita a lei, pode pagar multa de até R$ 21 e, se for reincidente, ir para a prisão. O que motivou a histeria foram o entupimento de redes de esgotos e as cheias provocadas pelas sacolas.
Marcos [S.E.P.]
24 Mai Na Irlanda, o governo não precisou ser tão radical. Há cinco anos, passou a cobrar imposto por cada sacolinha. A redução hoje chega a 90%, ou a cerca de um bilhão de unidades por ano a menos, uma economia de 18 milhões de litros de petróleo no país, segundo cálculos oficiais. Sem contar que a taxa representa R$ 200 milhões a mais nos cofres públicos por ano, que são revertidos para a preservação ambiental.Como se percebe, existem várias maneiras de amenizar o impacto dessas sacolinhas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo. Se puder levar suas compras sem os saquinhos plásticos, não pense duas vezes em dispensá-los. Mais que isso, incorpore a reciclagem no seu cotidiano e não deixe que o vento carregue os sacos para lugares inadequados. Essas medidas, com certeza, já serão de grande ajuda e os frutos serão colhidos lá na frente, entre 100 e 300 anos.Por Sebastião Almeida*Deputado estadual pelo PT, coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Água e presidente da comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa de São Paulo. E-mail: gotadagua@sebastiaoalmeidapt.com.br (Envolverde/Assessoria)* Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Capitalismo e Socialismo

Capitalismo ou Socialismo ?
Texto corrigido e atualizado em 3 de Junho de 2005


Existem pelo menos dois tipos de capitalismos e dois tipos de socialismos sendo utilizados em todo o mundo. Os dois tipos de capitalismos mais utilizados são o Capitalismo Pagão e o Capitalismo Protestante. Os dois tipos de socialismos mais utilizados são o Socialismo ateu (mais conhecido como “científico”) e o Socialismo Católico (mais conhecido como “utópico”). Estas divisões não são muito comentadas no meio acadêmico por razões mais ou menos diplomáticas e anti-religiosas. Mas, na prática, tais divisões existem e fazem muita diferença.
Em termos práticos, o Capitalismo Pagão é utilizado há muito tempo pelos povos que não têm muito compromisso com o princípio de justiça e com o respeito ao próximo. Já o Capitalismo Protestante, utilizado principalmente pelos países do Primeiro Mundo, nasceu logo após a Reforma Cristã Protestante e, segundo Max Weber, do livro A ética protestante e o “espírito” do Capitalismo, teria surgido com a doutrina calvinista. O Brasil, que não adotou o modelo protestante, continua praticando o Capitalismo Pagão (selvagem): juros altos, salários baixos e preços abusivos. Nos países de maioria cristã protestante o capitalismo utilizado é o de juros baixos, salários altos e preços justos. Lá, (Estados Unidos, Suécia, Escócia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra etc.) o modelo de capitalismo protestante é chamado apenas de Capitalismo. Na verdade, praticamente tudo o que fazem é, em geral, nos moldes protestantes. Talvez, por isso, o povo brasileiro tenha dificuldades para entender a diferença entre o nosso Capitalismo e o Capitalismo do Primeiro Mundo (o protestante).
O Socialismo ateu (“científico” na linguagem dos marxistas), ficou famoso ao ser adotado pela antiga União Soviética, Cuba, Vietnam, Albânia, Coréia do norte tornando-se, no entanto, mais conhecido como Comunismo. Já o Socialismo Católico (“utópico” na linguagem dos marxistas), é parcialmente utilizado por países europeus de maioria católica (França, Itália, Espanha etc.).
O Capitalismo e o Socialismo, ou a Direita e a Esquerda, ou ainda o Liberalismo e o Comunismo referem-se a conceitos opostos. Mas, numa análise mais detalhada constatamos que podemos, também, considerá-los complementares. Apesar das grandes diferenças os dois lados são representativos e têm suas respectivas finalidades dentro de uma organização social. O Capitalismo1 (associado à direita e ao liberalismo) é inspirado na justiça rígida e na razão enfatizando a recompensa segundo o merecimento individual. Já o Socialismo (associado à esquerda e ao comunismo) é inspirado nas necessidades comuns e no sentimentalismo enfatizando a igualdade independentemente do merecimento individual. Por isso, é natural que existam defensores do conceito socialista e defensores do conceito capitalista numa mesma sociedade.
Sabendo-se que o Capitalismo baseia-se no desejo de liberdade e de justiça (de forma rigorosa e racional), e o Socialismo baseia-se no desejo de igualdade e fraternidade (de forma mais ou menos inclusiva), então não é difícil entender o porquê, de tanto o Capitalismo quanto o Socialismo terem o seu devido lugar numa mesma organização social. O fato de um ser Direita e o outro Esquerda em nada atrapalha desde que fiquem nos seus respectivos lugares. O ideal, na verdade, é dosar o efeito de justiça que está contido no Capitalismo Protestante com o efeito de amor ao próximo que está contido no Socialismo Católico.
A maioria dos brasileiros ainda não sabe, mas o principal motivo que levou o mundo cristão (“mundo ocidental”) a repudiar as nações comunistas foi o fato de proibirem o cristianismo e imporem o ateísmo. As escolas públicas brasileiras, influenciadas pela crendice marxista, não esclarecem esses assuntos aos seus alunos. A própria imprensa nunca teve coragem de dizer ao povo em geral que a guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética era, na verdade, uma guerra fria entre os princípios cristãos e os princípios ateus de origem marxistas. Hoje, já existe liberdade pessoal, social e religiosa na antiga Rússia. O Cristianismo já retornou à nação (principalmente o ortodoxo)2 apesar de parte do povo ainda ser ateísta, (conseqüência da rígida imposição praticada no regime passado).
Se nós, brasileiros, tomarmos como referência os ensinamentos bíblicos, tal como fizeram os principais países desenvolvidos, concluiremos que o princípio de justiça deve vir em primeiro lugar e só depois deve vir o amor envolvendo e preservando a justiça. Portanto, o Capitalismo Protestante, que é baseado na “justiça rígida",3 deve ser a parte estrutural de uma sociedade; deve ser o sustentáculo principal tal qual o esqueleto humano que é propositadamente rígido para dar firmeza e sustentação ao nosso corpo. Já o Socialismo deve ser parte externa, o acabamento "sensível",4 a parte social que envolve a estrutura tal qual a carne, no corpo humano, que é bem mais maleável e igualmente importante na composição do conjunto.
Analise o exemplo a seguir para entender a interação, necessária, entre capitalismo e socialismo: Imagine um prédio em construção, a estrutura de concreto é a parte mais rígida. De fato, ela não é muito simpática, mas é a parte que sustenta o prédio de pé por longos e longos anos. É a estrutura que garante a solidez e a firmeza para que o prédio não caia e nem se desmonte. Já o reboco, com azulejos, mármores, vidros, janelas, ornamentos etc., que envolvem a estrutura (equivalendo ao socialismo), são igualmente importantes porque dão o adequado acabamento tornando o prédio simpático, confortável e acolhedor.
Portanto, se queremos paz e prosperidade, precisamos considerar o Capitalismo Protestante como estrutura econômica e o Socialismo Católico como acabamento social na hora de formular soluções para o Brasil.
NOTAS: 1 Capitalismo - O Capitalismo Protestante se firmou por volta do século XVII e XVIII visando estabelecer liberdade e justiça nas relações trabalhistas, produtivas e comerciais, (um sistema contrário ao trabalho-escravo até então utilizado por todo o Mundo). Nessa ocasião consolidou-se a adoção do livre trabalho assalariado, do sistema de preços e da produção em larga escala pela iniciativa privada.2 Cristianismo Ortodoxo - Quatro anos depois da queda do Comunismo (1995), 17,5% da população Russa já havia retornado ao cristianismo. Hoje, esse número é bem maior.3 Justiça rígida - Quem trabalha, ganha. Quem não trabalha, não ganha. - Quem usa, paga. Quem não usa, não paga. - Quem merece, recebe. Quem não merece, não recebe.4 Sensível - Quem necessita, também recebe. - Quem não pode pagar, também pode usar. - Mesmo quem não merece, não será esquecido.

África

História da África Cultura africana, povos, história, Bérberes, Bantos, Império de Gana, civilizações antigas, economia, arte, religião, trabalho e sistemas de produção, alimentação, saúde, comércio
Introdução
Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano : os egípcios. Porém, na mesma época em que o
povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.
O povo Bérbere
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
Os bantos
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Os soninkés e o Império de GanaOs soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A PAZ QUE SOMOS

A paz não é apenas a flor branca
nas pontas de uma vida.
A paz é a raiz e a seiva,
é a árvore toda


A paz não se improvisa
num gesto de teatro
arvorando bandeiras.
A paz se é estando em paz consigo,
com Deus e com o mundo


A paz é sermos paz
Pensando em paz
Falando em paz
Fazendo paz.
Temos a paz que somos,
paz que damos,
a paz que recebemos
d`aquele que é paz.
Pedro Casaldáliga)